Suas palavras reverberam. Seus pensamentos têm adesão. Frequentam circulos de poder, na mídia, na política, no ativismo, nas artes, e conseguem moldar grupos e sistemas a seus argumentos. Muitas pessoas se identificam com suas trajetórias e passam a fazer parte dela. Líderes. Ídolos. Exemplos. Antagonistas.
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Eles e elas são LGBT que ajudam a construir a historia contemporânea não só da comunidade arco-íris como também brasileira de forma geral.
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Como forma de reconhecimento de tudo isso, apresentamos a lista 50 LGBT Mais Influentes do Brasil em 2018.
Trata-se de iniciativa da Rede Guiya, responsável pelos Guia Gay São Paulo, Guia Gay Brasília, Guia Gay Salvador, Guia Gay BH e Guia Gay Floripa.
Não é um rol de famosos simplesmente, não é um compêndio matemático de quem mais possui seguidores em redes sociais. Foi analisada a atuação de mais de 130 LGBT no Brasil durante 2018 para chegar à seleção final.
O critério foi saber o quanto essas pessoas conseguem influenciar a vida de pessoas e os rumos do país, das áreas em que atuam e de lugares onde vivem. Eis quem deixou marcas. Inclusive em você!
50º Erica Malunguinho
Ela fez história em 2018. Pernambucana e negra, Erica Malunguinho foi eleita deputada estadual em São Paulo pelo Psol, o que a fez a primeira pessoa trans eleita para esse cargo na história paulista. Mestre em Estética e História da Arte pela USP, Erica é criadora do Aparelha Luiza, denominado como um quilombo urbano e com foco na produção artística. É também atuante na capacitação de professores da rede pública e privada na questão da diversidade.
49º Murilo Araújo
Baiano radicado no Rio de Janeiro, Murilo é um dos nomes mais relevantes na intersecção das pautas LGBT e negra no País. O jornalista comanda o canal Muro Pequeno, que tem 113 mil seguidores e é um dos embaixadores globais do Creators for Change, iniciativa do YouTube para promover discussões sobre temas que possam impactar positivamente as pessoas.
48º Kaya Conky
Kaya conseguiu um feito e tanto: ser uma das únicas drag queens fora do eixo Rio-São Paulo a conquistar projeção nacional. A fortalezense de 23 anos começou na noite LGBT de Natal como DJ. Após o lançamento de E Aí, Bebê?, em 2016, sua carreira como drag não parou mais. Seguiram-se Bumbum Tremendo, Quebradinha e Boneca Safadinha, em parceria com Lia Clark, que a tornaram uma das artistas mais requisitadas do segmento LGBT do País.
47º Symmy Larrat
Ela é paraense, jornalista formada pela Universidade Federal do Pará, já foi coordenadora LGBT do governo Dilma Rousseff (PT). Atualmente atua em centro de referência em Salvador, sob domínio do também petista e governador Rui Costa, e é presidente da Associação Brasileira de de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), que congrega entidades arco-íris. É da organização a autoria de um dos processos no Supremo Tribunal Federal (STF) que pedem a criminalização do ódio contra LGBT. A entidade tem passado por desafios internos, mas Larrat continua a ser voz ouvida por organismos nacionais e internacionais.
46º Renata Carvalho
A atriz santista estrela a peça O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Rainha do Céu, que teve bastante repercussão ano passado. O espetáculo, que apresenta Jesus como travesti, gerou discussões a respeito de censura após ser proibido no Festival de Garanhuns, em Pernambuco. Renata também é um dos principais nomes na campanha para que apenas artistas transgênero façam papéis trans na dramaturgia. (Foto: Ligia Jardim).
45º Duda Salabert
Não é pouca coisa o que Duda recebeu nas últimas eleições: 351.874 votos. A primeira candidata travesti ao Senado no Brasil concorreu pelo Psol em Minas Gerais e marcou seu nome na história. Ela quer mais: já anunciou desejo de concorrer à prefeitura de BH em 2020. Duda coordena o projeto social Transvest, que oferece cursos para pessoas trans ingressarem na faculdade. Recentemente, anunciou que será mãe. Sua esposa está grávida. (Foto: Lucas Ávila).
44º Jesuíta Barbosa
Após sair do armário como bissexual em 2017, Jesuíta conseguiu se impor e continuar a ter bons papéis na TV - ele é um caso raro, já que a maioria esmagadora de atores jovens que trabalham na Globo não saem do armário por medo. No ano passado, ele teve destaque como Ramirinho que se transformava na drag Shakira do Sertão na superssérie Onde Nascem os Fortes e conquistou seu primeiro protagonista em novelas, na recém-estreada Verão 90, no horário das sete. (Foto: Selmy Yassuda/Dedoc).
43º Glenn Greenwald
Ele é editor-chefe do site norte-americano de notícias The Intercept - que tem versão em português - , mora no Brasil há cerca de 13 anos e é casado com o agora deputado federal David Miranda (Psol). Greenwald tornou-se conhecido no mundo em 2013 por revelar documentos do programa Vigilância Global da Agência de Segurança Nacional do governo dos EUA. Frente ao Intercept, que tem como proposta fazer jornalismo de forma destemida, o americano fez em 2018 diversas reportagens profundas a respeito do país e é tido de forma geral na mídia mundial como profissional de imprensa que pode ajudar a explicar o Brasil.
42º Márcia Rocha
Primeira travesti a usar o nome social na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Márcia é idealizadora e coordenadora do Transempregos. O projeto, que surgiu para reunir currículos de pessoas transgêneros e apresentá-los a empresas, hoje também se destaca por capacitar profissionais de inúmeras empresas para tornar o ambiente mais acolhedor a esta comunidade, que costuma ser estigmatizada e rechaçada nos ambientes formais de trabalho. (Foto: Marcelo Brandt: G1).
41º Aaron Tura
O jornalista é um dos nomes mais promissores na cobertura de celebridades. Dono do site TV Foco, um dos maiores dentre os dedicados a tratar do mundo da TV e da vida de famosos, Aaron fez transição de sucesso em 2018. Ele deixou o A Tarde É Sua, de Sonia Abraão, na Rede TV!, e foi para O Melhor da Tarde, de Cátia Fonseca, na Band. Lá, ele faz uma parceria afinada com a apresentadora comentando os bafões e polêmicas do dia.
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