Para te ajudar a decidir para quem vai seu voto nas eleições de 6 de outubro de 2024, o Guia Gay BH analisou os programas de governo dos dez candidatos à Prefeitura da capital.
Foi feita leitura para achar propostas com citação direta a LGBT ou a palavras tais como diversidade, orientação sexual e identidade de gênero.
Os textos analisados foram os registrados por cada candidatura no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os candidatos Lourdes Francisco (PCO) e Mauro Tramonte (Republicanos) não citam LGBT. Já Bruno Engler (PL) também não tem propostas para o segmento e ressalta que enquanto deputado estadual apresentou projeto para proibir "publicidade sobre diversidade sexual para crianças".
Carlos Viana (Podemos)
O candidato faz alusão a LGBT no tema "Saúde em ação". Viana propõe criar o "Centro de Referência da Comunidade LGBTQIA+" com profissionais capacitados que realizem atendimento humanizado e inclua programas de prevenção e atendimento de demandas específicas para o segmento.
Duda Salabert (PDT)
A comunidade tem um tópico específico, "Políticas, direito e cuidado com a população LGBTQIAP+" dentro do Eixo 2 - Belo Horizonte de todas as idades, identidades e terrirtórios.
Dentre outras propostas, a candidata, que é trans, quer efetivar a Política Nacional de Saúde Integral LGBTQIAP+ e realizar a Conferência Municipal LGBTQIAP+ em seu primeiro ano de gestão.
Duda propõe criar um programa para pessoas trans nos moldes do Transcidadania de São Paulo, ampliar casas de acolhimento para este segmento, criar centros de referência nas regionais e fomentar ações de resgate da memória de pessoas LGBT na cidade.
Se eleita, a candidata também quer fortalecer a parada arco-íris da capital tornando-a um atrativo nacional e internacional e criar o Programa de Educação de Jovens e Adultos Trans (EJA Trans) em nível municipal.
A comunidade também é citada em outros eixos do plano, como no item sobre turismo, no qual Duda propõe a criação do primeiro circuito cultural LGBT da cidade.
Fuad Noman (PSD)
O atual prefeito contempla "LGBTQIA+" dentro do tópico "Assistência social, direitos e cidadania".
Dentre suas conquistas, Fuad lista criação da Comissão Municipal dos Direitos Humanos e Cidadania de Pessoas LGBTQIA+, em 2023; da Casa de Acolhimento LGBT, em 2022; e do novo Centro de Referência LGBT, em 2018.
Gabriel (MDB)
No tópico "Diversidade", Gabriel, que é bissexual, cita desejo de criar mais vagas para LGBT em casas de acolhimento, promoção de campanhas de combate ao preconceito, desenvolvimento de eventos de educação e sensibilização sobre direitos e inclusão de LGBT nas comunidades e garantia de que a cidade se torne ambiente livre de preconceito e que haja empregabilidade para esta população.
Indira Xavier (UP)
A comunidade é citada no eixo "Trabalho". Ali, Indira diz que quer "criar política de priorização da população LGBTIA+ na procura de emprego".
Em "Cultura", a candidata propõe implementação nos centros culturais de programas que garantam inclusão de grupos historicamente marginalizados e cita "LGBTIA+" como um deles.
Por fim, o segmento é lembrado em "Direitos Humanos" quando fala da criação de uma Secretaria de Mulheres "e combate à LGBTfobia para garantir que exista espaço institucional para ampliar as políticas públicas para mulheres e LGBTIA+".
Rogerio Correia (PT)
O candidato possui um eixo específico para o segmento chamado "Política para populações LGBTQIAPN+".
O político visa instituir o Conselho da Cidadania LGBT e elaborar e implementar um Plano Municipal de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBTQIAPN+.
Também estão em seu radar elaboração de linha de cuidados específicos para serviços de assistência social e atendimento em saúde para esta população e promover a qualificação de servidores das áres de educação e saúde para melhor atendimento a LGBT.
O petista ainda propõe criar políticas de capacitação e parcerias com setor privado para fomentar emprego e renda e ampliar espaços de acolhimento e atendimento de LGBT em situação de risco.
Wanderson Rocha (PSTU)
Há um tópico voltado à comunidade, "Combate à LGBTfobia" dentro do eixo "Combate ao racismo, ao machismo, à LGBTfovia, à xenofobia e à exploração".
Ali, o candidato alega que "governos progressistas negligenciam demandas LGBTI+ em troca de acordos de conciliação com a burguesia e com setores reacionários", diz que ao menos 3,4% da população da capital mineira se identifica como LGB, segundo dados do IBGE, e fala da violência contra o segmento em Minas Gerais.
Wanderson fala em criar política de empregos que leve em consideração desigualdades oriundas de opressões e cita a "população LGBTI+"
Ele aborda a educação sexual que ajude a combater preconceito, ampliação de delegacias especializadas em crimes contra a comunidade e elaboração de políticas de saúde voltadas a LGBT.