História gay sendo feita na Argentina. O novo ministro dos Transportes, Alexis Raúl Guerrera, é o segundo ministro abertamente homossexual do país e o primeiro que, antes mesmo de conquistar o cargo, já falava publicamente sobre sua orientação sexual.
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Na cerimônia de posse, em 3 de maio, com presença do presidente argentino, Alberto Fernández (Partido Justicialista), Alexis abraçou o namorado.
Em postagem, ele falou sobre o desafio que o espera.
"Juro pelo país, pela minha família, atuar todos os dias para fazer um transporte nacional que integre a Argentina."
O ministro foi vereador por três vezes de cidade do interior. Em 2019, foi eleito deputado estadual da província de Buenos Aires. Ano passado, tirou licença para tornar-se presidente da companhia pública de trens.
Em toda sua carreira política defendeu a cidadania LGBT.
Antes dele, houve outro ministro homossexual, Jorge Faurie, que liderou por dois anos as relações exteriores.
Entretanto, ele falou publicamente sobre ser gay apenas quatro meses antes do fim do mandato, em 2019.
Por esse cenário, para a entidade ativista Federação Argentina LGBT, é Alexis o primeiro ministro abertamente homossexual do país.
E o tango está feito: virou briga política entre peronistas (atual governo) e a oposição (partidários do governo anterior) para definir que ministro merece tal aposto.
De toda forma, Alexis tem colega também gay. Há poucos meses, Peter Buttigieg passou a ocupar o Ministério dos Transportes nos EUA.
Nunca um homossexual assumido tinha chegado a esse nível do governo federal estadunidense.
Quanto ao Brasil, o título fica com Marcelo Calero (Cidadania). Em 2016, ele foi ministro da Cultura.
Entretanto, sua orientação sexual só foi publicizada em 2018, quando, para reportagem do Guia Gay, assessor do político carioca confirmou que o então recém-eleito deputado federal era homossexual.
Tal informação nunca abertamente expressada por Calero.