Está em curso desde o último dia 4 e segue até 30 de maio a XIV Conferência contra a Homofobia e a Transfobia, em Cuba.
O evento é promovido pelo Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex), dirigido por Mariela Castro Espín, sobrinha de Fidel Castro, líder de tomada do poder que implantou o comunismo na ilha.
"Não basta com a Constituição, nem com a agenda legislativa que dela deriva, porque há um componente educacional fundamental", explicou Mariela na abertura da conferência em Havana.
"É preciso trabalhar também na criação de consciências, na transformação do conhecimento para que não continuem a ser atravessadas por vários preconceitos em torno da orientação sexual, dos diferentes tipos de família, dentre outros ”.
Por causa da covid-19, diversos eventos serão realizados digitalmente. Estão programados debates e painéis com ativistas, acadêmicos e especialistas em direitos humanos.
Dentre alguns temas estão as histórias de vidas não hegemônicas de famílias, o Programa Nacional para o Avanço da Mulher como oportunidade para enfrentar a homofobia e a transfobia, os desafios da comunicação inclusiva e a relação entre direitos sexuais e fundamentalismos religiosos.
O evento também abre espaço para militantes de Argentina, Panamá, Colômbia e Venezuela, que se juntarão a representantes cubanos no espaço virtual "EnRedes" para fazer balanço sobre o ativismo na região.
Na página do Facebook do Cenesex é possível acompanhar ao vivo e ver os debates gravados.
Nesta edição um dos focos é aprovação do novo Código da Família, que voltará a ser discutido no Legislativo do país em julho, e o que o documento poderá garantir a pessoas da comunidade LGBT.
Recentemente, o governo retirou de debate a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Em 2019, parada organizada de forma independente por LGBT foi interrompida pela polícia. A marcha foi feita contra o cancelamento do evento originalmente promovida pelo Cenesex.
