Com oposição contrária da Igreja Católica, a população de Cuba aprovou em referendo neste domingo 25 o casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma das principais bandeira do movimento LGBT no país.
Além disso, com a decisão, a legislação cubana passa a aceitar a redesignação sexual e a barriga de aluguel, importante para casais de pessoas LGBT que não podem ter filhos naturalmente.
As mudanças estão no chamado Código das Famílias, que vai ser incorporado à Constituição, feita em 2019. Nesse ano, tais proteções aos direitos LGBT foram rejeitadas.
O governo fez campanha de mídia a favor da aprovação. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, mostrou sua posição favorável.
"É a esperança de milhares de pessoas cujas vidas estão marcadas por histórias de exclusão e silêncio. Seres humanos que sofreram e sofrem os vazios de nossas leis", disse antes da votação.
Representante do não, a Conferência de Bispos Católicos de Cuba alegava que mudar a lei abriria as portas para a ideologia de gênero no país.