Ativista membro da Rebelião de Stonewall, em 1969, Fred Sergeant denuncia violência de ativistas trans sofrida por ele em parada LGBT de Vermont, nos EUA, no domingo 18.
Fred diz ter ido à marcha para protestar contra a "misoginia, homofobia, políticas de exclusão e divisão” promovida pela comunidade trans.
Ao chegar, diz, ele foi recebido com gritos, ofensas a sua idade, tentativas de pegar seu cartaz, empurrões, tapas na cabeça, café derramado em sua roupa e foi empurrado até cair no chão.
Fred carregava cartaz escrito “Black Face" e “Woman Face” com o símbolo de proibição. Com isso ele pedia que a rejeição tida contra quem pinta o rosto de preto para representar uma pessoa negra exista também contra quem deseja se passar por mulher ao se pintar como uma. Ao site National Review, ele deu a entender que seu alvo eram as drag queens.
"Por alguma razão, enquanto ninguém aceita o black face, drags são celebradas. Eu penso que isso é errado."
No verso desse cartaz, havia outro em que era dito "Gay, não queer". Essa postura é tida por ativistas que rejeitam o termo queer como palavra que engloba toda comunidade LGBT.
Fred é integrante da Aliança LGB, coletivo que prega separação com o movimento trans e que combate várias bandeiras desse segmento, tal como o uso de bloqueadores de hormônios em crianças e adolescentes.
Em seu Facebook, o ativista histórico compartilhou fotos dos momentos em que foi agredido.
Segundo a Aliança LGB dos Estados Unidos, a violência já era "previsível", já que os militantes da parada de Burlington estavam distribuindo adesivos escrito “Se você não defende direitos trans, você não vai ficar de pé por muito mais tempo”.
Segundo a organização, a retórica violenta do bairro se tornou tão comum que podem até justificar agredir um homem que precisa de bengala para andar.