Em entrevista nesta terça 8, o embaixador da Copa do Mundo de Futebol do Catar, Khalid Salman, disse que a homossexualidade é "dano mental". Ao falar isso, a conversa com o canal de televisão alemão ZDF foi interrompida.
O ex-jogador da seleção catari também afirmou que pessoas da comunidade LGBT que forem acompanhar o evento no país deverão respeitar as regras.
Salman lembrou que a homossexualidade é pecado no Islã, religião predominante no Oriente Médio, e crime no Catar.
Desde a escolha do país como sede do evento esportivo de 2022, líderes e ativistas LGBT do mundo mostraram contrariedade, já que, apesar da Fifa garantir que todos serão aceitos nos eventos, as autoridades do Catar dão declarações em sentido contrário.
As críticas poderão marcar o torneio. A seleção da Dinamarca entrará em campo com camiseta monocromática, o que segundo eles é protesto contra o país sede e declaração a favor dos direitos humanos.
"Esta camisa carrega uma mensagem. Não queremos estar visíveis durante um torneio que custou a vida de milhares de pessoas. Nós apoiamos a seleção dinamarquesa em tudo, mas isso não é o mesmo que apoiar o Catar como um país-sede", justificou a empresa responsável pelas peças de roupa do time, a Hummel.
Diversos outros países se pronunciaram sobre o assunto. A França vetou a realização de eventos oficiais e a instalação de telões na cidade para a transmissão dos jogos. Já na Alemanha, a primeira-ministra Nancy Faeser classificou os comentários de Salman como “horríveis”.
Na semana passada, ela visitou o Catar e afirmou que irá assistir ao evento depois de receber “garantias de segurança” do primeiro-ministro catari para os torcedores LGBT.
