Rechaçada e já velha! Esses dois adjetivos pertencem à bandeira defendida pela Parada do Orgulho LGBTI do Rio de Janeiro no domingo 27 de novembro e feita para substituir a flâmula arco-íris como símbolo do movimento.
Nesta segunda 19, portanto há menos de três semanas depois do evento carioca, importante entidade mundial passou a usar outra versão da bandeira.
A Transgender Europe (Tgeu), a organização trans mais importante do mundo, agora reconhece design em que a faixas e vários triângulos é acrescida uma sombrinha vermelha para lembrar de quem trabalha com prostituição.
A sombrinha vermelha, é, desde 2001, símbolo mundial da luta pelos direitos e proteção das pessoas que vivem do sexo pago.
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O discurso da ONG europeia sobre a novidade é o mesmo do presidente da Aliança Nacional LGBTI+, Toni Reis, a respeito da versão ainda sem a sombrinha vermelha: usa quem quer.
Entretanto, ambas têm os mesmos problemas apontados por ativistas: querem passar a imagem de includentes, mas excluem lésbicas e bissexuais; apagam a importância e a história da bandeira arco-íris (que existe desde 1978) e diluem a luta LGBT ao agregar outras demandas.
Por tudo isso, dizem, é errado tratar as novas versões como alternativas válidas. Símbolos que excluem não podem ser tolerados.
Outro apontamento feito por vários críticos tem exemplo máximo no que a Tgeu faz. Uma entidade trans muda a bandeira arco-íris, mas em nada modifica a própria flâmula do segmento, que continua apenas com faixas.
Ativistas lésbicas e bissexuaisno Brasil se opõem frontalmente à exclusão de seus segmentos nas novas versões da bandeira e defendem o arco-íris.