O vereador Gabriel Azevedo foi expulso do Patriota por críticas ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e à sua família.
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Em comunicado, na terça-feira 1º, o parlamentar divulgou o documento, assinado pelo presidente da legenda em Minas Gerais, Hércules Marques de Sá.
"O senhor, por reiteradas vezes, posicionou-se veementemente contra o atual presidente da República, bem como a outros parlamentares ligados à sua família. Ainda que suas redes sociais estejam desativadas, permanecem as manifestações críticas que podem ser acessadas em breve consulta aos mecanismos de pesquisa", justificou Marques de Sá.
Na carta, o Patriota afirma que a "atitude beligerante" de Gabriel poderia comprometer as relações internas e políicas do partido.
"Com base na competência atribuída a este diretório pelo art. 48, IV do estatuto devidamente registrado no Tribunal Superior Eleitoral, comunico através do presente documento a instauração de procedimento contra Gabriel Sousa Marques de Azevedo, considerando-o desde o momento expulso do Partido Patriota e desautorizando, com eficácia imediata, qualquer fala ou manifestação em nome do partido."
No mundo político de Brasília, é dado como quase certo que Jair Bolsonaro escolherá essa agremiação para concorrer à reeleição em 2022.
Bissexual, Gabriel é o único homem abertamente pertencente à comunidade LGBT eleito (no seu caso, reeleito) para a Câmara Municipal de BH em 2020.
As demais parlamentares do segmento são Duda Salabert (PDT), transexual; Bella Gonçalves (Psol), lésbica; e Iza Lourença (Psol), bissexual.
Em São Paulo, outro vereador bissexual, Fernando Holiday, também foi expulso do Patriota. No seu caso, por ter criticado o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), quando o alagoano ainda era candidato à presidência da Câmara dos Deputados.