Um filme que trata da perseguição aos homossexuais durante o "quinquênio cinza" (1971-1976) em Cuba foi proibido pelo Festival de Cinema de Havana, que começou na quinta-feira 8.
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Santa y Andrés, segundo longa do cubano Carlos Lechuga, trata de um poeta maginalizado por causa de sua orientação sexual. A produção inspirou-se na história de escritores como Delfín Prats, 71 anos, e de Virgílio Piñera (1912-1979), que eram privados de acesso a editoras, teatro, aulas e galerias no período.
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Roberto Smith, presidente do Instituto de Cinema de Cuba (Icaic), organizador do evento, tentou justificar: "O filme apresenta uma imagem da revolução que a reduz a uma expressão de intolerância e violência contra a cultura, faz um uso irresponsável de nossos símbolos pátrios e referências inaceitáveis ao companheiro Fidel", escreveu em uma carta pública.
O longa foi realizado com financiamento do programa multinacional Ibermedia, além de capital do próprio diretor. "Quem me conhece sabe que sou um patriota, vivo em Cuba e trabalho em Cuba", escreveu o diretor em sua página no Facebook.