Dinamarca pode deixar de considerar transexualidade uma doença

País aguarda decisão da OMS, mas pode mudar classificação em relação às pessoas trans em janeiro de 2017

Publicado em 18/05/2016
Dinamarca pode deixar de classificar transexualidade e transgêneros como doença mental
OMS estuda mudar classificação há tempos

A Dinamarca pode ser o segundo país no mundo a deixar de considerar a transexualidade como uma doença mental. E isso pode ocorrer em 1º de janeiro de 2017. A primeira nação a tomar tal atitude foi a França em agosto de 2015.

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Autoridades do governo local consideram que classificar pessoas transgêneros dessa forma é "estigmatizante". Segundo o jornal The Indepedent, a Dinamarca aguarda a Organização Mundial da Saúde (OMS) mudar a classificação. Mas se isso não acontecer até outubro, a nação escandinava pretende levar adiante essa bandeira sozinha.

Flemming Moller Mortensen, porta-voz da Saúde pelo Partido Social Democrata, disse à agência de notícias local Ritzau que transgêneros devem ter diagnóstico neutro. "A OMS está trabalhando em um novo registro de diagnósticos. Eles estão nisso há muito, muito tempo. Agora, nós perdemos a paciência e queremos enviar um aviso de que se o sistema não mudar até outubro, nós, da Dinamarca o faremos sozinhos", afirmou.

Pela OMS a transexualidade está listada como um "distúrbio psicológico e comportamental associado com desenvolvimento e orientação sexual". Trata-se também como disforia de gênero. Desde 2014, a Dinamarca permite que adultos transgêneros escolham sua própria identidade de gênero sem necessidade de aprovação médica oficial.


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