Por Welton Trindade, em Indianápolis
Primeiro-ministro, prefeita, empresários do setor de turismo, diretores de ONGs LGBT e até força policial. Esses são alguns dos atores na disputa entre Fort Lauderdale (EUA) e Copenhagen para sediar a World Pride 2021.
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A "parada LGBT do mundo" é o mais recente evento LGBT de grandes proporções a se firmar. A razão vem dos dividendos que a cidade que recebe o festival arco-íris tem a obter: fortalecimento da imagem como local para a diversidade, atração de milhares de turistas e relação maior com os direitos humanos.
A disputa é feita dentro da associação Interpride, entidade internacional que reúne paradas LGBT de várias partes do mundo. Para 2021, a decisão será realizada no domingo 8 no encontro de 2017 da organização, feita em Indianápolis (EUA).
As armas incluem brindes, homens e trans de roupas de banho, e falas de líderes políticos.
Com o lema #YouAreIncluded (#VocêEstáIncluso), Copenhagen deu start na relação com os votantes com festa noturna na qual artista trans da cidade se apresentou e foram distribuídos kits com cartões postais sobre o quanto o festival será diverso.
Dois prontos impressionaram os votantes ao longo da disputa: a fala do primeiro-ministro dinarmaquês, Lars Rasmussen, em vídeo com o compromisso de apoiar o evento, e o fato de haver previsão de 400 bolsas para ativistas LGBT de baixa renda de várias partes do mundo com objetivo de possibilitar a ida deles à cidade.
O fato de o país ser um dos mais avançados do mundo nos direitos LGBT é outra força. Cirurgia para trans feita em 1951, consideração que ser LGBT não é doença antes de vários países do mundo e até da Organização Mundial da Saúde, e, como esquecer, ter sido o primeiro país do mundo a autorizar o casamento homo, em 1989, estão na lista.
A pequena Fort Lauderdale, na Flórida, não se acanha. Os fatos de ser a cidade no topo da lista de mais casais homo registrados nos EUA, ter população composta por negros e latinos, e ser um dos destinos turísticos arco-íris mais desejados no País estão na lista dos porquês votar na sua candidatura.
O convencimento é tentado também com presentes e experiências. O kit dado para cada votante, por exemplo, tem uma mini TV com vídeo da cidade. No sábado, um almoço ficou "solar" com LGBT de roupa de banho e mais presentes: bolsa de praia, óculos arco-íris e vodka, dentre outros mimos.
No palco, a prefeita e um policial gay da cidade discursaram para mostrar que todos estão unidos para fazer a primeira World Pride em cidade litorânea e com chance de ter pé na areia. O fator Donald Trump, presidente conservador americano, pesa contra a candidatura.
No domingo, sai o resultado o qual, quem sabe, estará no seu passaporte em 2021!