Os ursos são os que se envolvem em práticas sexuais de maior risco dentro da comunidade gay e têm baixa auto-estima, mostrou um estudo recém-publicado.
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A pesquisa publicada no Clinical Journal of Nursing teve como foco a saúde física, social e mental de homens que se identificam como bears e foi realizada pela Universidade de Miami, nos Estados Unidos.
O estudo identificou que os ursos têm índice de massa corpórea (IMC) maior que os outros homossexuais e apesar disso ser fator de risco, o peso é importante para que essa subcomunidade gay se identifique. "Ela [essa característica] os ajudar a reconhecer uns aos outros, fortalecer os laços comuns e promover uma identidade gay que é masculina, sexual e madura", relata o site Star Observer.
De acordo com os pesquisadores, os bears sofrem bastante pressão dentro da comunidade gay e os mais jovens têm poucos modelos para se espelhar. "Antes de descobrir a comunidade ursina, os bears têm relatado assédio e discriminação tanto de héteros como de homossexuais por toda a vida por causa do peso, o que os levou a diminuir a auto-estima."
"Perpetuar essa percepção de baixa auto-estima é a imagem estereotipada de um homem gay que normalmente é jovem, magro e de pele lisa, uma imagem que muitos homens que se identificam como ursos não se encaixam", diz o estudo.
A publicação também revela que os ursos se envolvem em práticas sexuais mais diversas do que os gay não-ursos, tais como sexo sem proteção, fisting, asfixia, voyeurismo e exibicionismo.
Embora esta atividade possa aumentar o risco de DSTs ou infecção pelo HIV, o estudo sugere que os ursos fazem testes de HIV mais frequentemente, porque eles estão envolvidos em relações sexuais desprotegidas em taxas mais elevadas do que outros grupos da comunidade gay.
O estudo destaca a importância desta subcomunidade e o impacto positivo aos seus membros. "Comunidades de ursos são fundamentais já que oferecem um santuário para esses homens como um amortecedor contra a discriminação e um sentimento de pertencimento que foi percebido como inexistente dentro da comunidade gay mainstream."
Não foi informado quantos homens foram pesquisados, mas foram considerados apenas aqueles que fazem parte de comunidades ursinas dos Estados Unidos.