Morreu nesta quarta 26 o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), por consequência de problemas tais com parada cardiorespiratória ocorrida horas antes de falecer.
Ele havia sido diagnosticado com um linfoma não-Hodgkin testicular em junho do ano passado. Médicos explicaram que o tratamento provocou graves efeitos no político, tais como crescente paralisia de membros. Em fevereiro, ele já não falava. Sua internação havia começado em 3 de janeiro.
Mesmo com a doença, ele havia decidido disputar a reeleição, a qual foi apoiada, no segundo turno, por entidades LGBT por o adversário de Fuad, Bruno Engler (PL), ser bolsonarista. A disputa ocorreu entre agosto e outubro do ano passado.
A relação de Fuad com o movimento foi feita mais de bons momentos que de ruins.
Em 2022, ele seguiu tradição do seu antecessor, Alexandro Kalil, do qual tinha sido vice, e foi à Parada do Orgulho LGBT de BH. Com isso ele entrou na pequeníssima lista de chefes de capitais que compareceram a uma marcha arco-íris.
Seu discurso expressou grande apoio à comunidade.
"Uma coisa dessas aqui, é Belo Horizonte mais feliz. Reunimos aqui 150 mil pessoas todas alegres, felizes e defendendo uma causa, um estado, e a diversidade. Belo Horizonte está de parabéns. Eu realmente espero que todos os belo-horizontinos se orgulhem do que está sendo feito hoje."
Em 2023, ele também participou do evento, quando reafirmou compromisso com a causa arco-íris.
O cenário no ano seguinte foi adverso. Em fevereiro, após críticas de politicos conversadores, ele mandou retirar adesivo na entrada do Centro de Referência que tinha a palavra "bem-vindes", tipo de linguagem que é criticada inclusive dentro da comunidade LGBT por, dentre outros pontos, querer mudar a língua portuguesa.
Sintomaticamente, ele não vou à marcha de 2024. Entretanto, votou a ter apoio de LGBT por ser única opção contra conservador no segundo turno das eleições municipais.
Neste quarta 26, a entidade Cellos emitiu nota de pesar pela morte do político, mas não citou nada a respeito da atuação dele junto à comunidade LGBT.