Um atendente da central de chamadas da polícia no EUA responderá a processo por ter colocado câmera no mictório de uma delegacia.
Em 31 de dezembro, enquanto usava o banheiro, um policial de North Versailles, no subúrbio da cidade norte-americana de Pittsburgh, notou item estranho preso no canto superior esquerdo interno do mictório.
O oficial acabou descobrindo se tratar de câmera de quase quatro centímetros com cartão SD conectado.
A câmera estava embrulhada em uma bainha branca com a parte externa pintada de branco supostamente para se misturar à cor da porcelana do mictório e presa a este por um velcro.
Assim que o aparelho foi descoberto, os policiais presentes foram ao banheiro constatar o achado.
Então, o atendente do 911 (o serviço de chamada norte-americano, semelhante ao 190) chamado John Logan pediu para usar o banheiro imediatamente, que é individual e de uso exclusivo de policiais.
Após passar vários minutos lá dentro, o homem de 49 anos disse que "lavou o vaso sanitário" e saiu.
Quando a câmera foi finalmente coletada, percebeu-se que o cartão SD estava faltando.
Questionado por que tocou em evidências sem usar uma luva, Logan respondeu que foi "estupidez". Ele admitiu ter tocado no aparelho, mas não que tenha retirado o cartão.
Em janeiro, em busca realizada na residência do atendente, a polícia encontrou uma minicâmera identicada àquela achada na delegacia.
Pen drives foram encontrados em seu quarto com vários vídeos de policiais daquela unidade usando o banheiro "em vários estágios de nudez com genitais expostos".
Ao menos três vítimas foram identificadas.
Logan foi acusado de adulteração de provas e responderá a três acusações de invasão de privacidade.
Advogado dele, Phil DiLucente, disse, em nota, que Logan é operador do 911 naquela região há mais de 20 anos e que é "muito querido por seus colegas e a comunidade".
Ele afirmou que está analisando as denúncias e lembrou que "todos os acusados de um crime são inocentes até que se prove a culpa".