A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está recrutando voluntários para um estudo que pretende comparar dois grupos de medicamentos que atuam no combate ao HIV.
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Um dos medicamentos é o Truvada, importado dos Estados Unidos e que já é ofertado no Brasil dentro da PrEP - a profilaxia de pré-exposição ao vírus.
Fabricado pela Gilead, o Truvada é uma combinação de duas drogas - emtricitabina e tenofovir - que também são opções no tratamento de quem já tem HIV.
Metade dos voluntários tomará esse comprimido. A outra metade tomará uma combinação de lamivudina e tenofovir, dois antirretrovirais usados por soropositivos apontados como equivalentes ao Truvada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Atualmente, essa combinação não é usada pela PrEP, mas a depender dos resultados do estudo, podem passar a integrá-la.
"Existem trabalhos internacionais que mostram que o tenofovir sozinho funciona tão bem quanto associado à emtricitabina ou à lamivudina", disse o infectologista e professor da UFMG, Dirceu Grego, coordenador do estudo, segundo o BHAZ.
A combinação de tenofovir e lamivudina tem produção nacional; já a de tenofovir e emtricitabina, ainda não. Recentemente, a Fundação Oswaldo Cruz anunciou que pretende em quatro anos produzir o Truvada no Brasil.
Para participar do estudo é preciso ser maior de 18 anos e ser gay, homem bissexual ou mulher transexual. Interessados devem procurar o Centro de Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias Orestes Diniz, no Centro. Haverá triagem e serão selecionados 200 participantes, que não saberão qual das pílulas vão tomar. O acompanhamento se dará por 12 meses.