Ativistas e lideranças LGBT reuniram-se, nesta terça-feira 11, com o ministro da Educação, Mendonça Filho, para discutir a exclusão dos termos "orientação sexual" e "identidade de gênero" da Base Nacional Curricular Comum (BNCC).
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A tentativa de reversão, entretanto, parece não ter sido frutífera, já que o ministro afirmou que mesmo sem as expressões demandadas pelo movimento, essa nova versão da base curricular respeita a cidadania de todos. "Eu duvido que em qualquer das outras versões haja tanto respeito à diversidade e aos direitos humanos como essa", afirmou Mendonça.
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A fala foi reforçada pela secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães. "A base tem como um dos princípios o combate ao preconceito de origem, etnia, gênero, convicção religiosa ou de qualquer natureza. As versões anteriores não tratavam do direito à diversidade em todos os conteúdos e habilidades como na versão final", reiterou.
A exclusão dos termos foi articulada por deputados católicos e evangélicos que se encontraram ao menos duas vezes com o ministro, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Participaram do encontro deta terça, o presidente da Aliança Nacional LGBTI, Toni Reis; o presidente do Conselho Distrital de Direitos Humanos do DF, Michel Platini; o presidente do PPS Diversidade, Eliseu Neto; e a coordenadora LGBT do Ministério dos Direitos Humanos, Marina Reidel, dentre outros.
Na reunião, que também tratou do enfrentamento ao bullying o respeito ao nome social de transexuais nas escolas, o grupo pediu a Mendonça a inclusão de uma linha de pesquisa sobre diversidade sexual na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que financia estudos de pós-graduação no país, e que o assunto seja levado para a formação de professores na educação básica.
Reis considerou o encontro positivo. "O MEC se mostrou aberto ao diálogo, respeitando todas as diversidades", disse. A proposta será analisada pelo Conselho Nacional de Eduação, mas a palavra final é de Mendonça.