Cerca de 60 estudantes protestaram em frente a um colégio de elite paulistano após suicídio de um aluno gay de 14 anos.
Na manifestação, realizada na manhã da segunda-feira 20, foram levantados cartazes com dizeres como "a minha sexualidade não define o meu valor" e "suas palavras foram sentidas como tiros".
Segundo a CNN, o grupo que organizou o protesto é formado por estudantes pagantes e bolsistas de diversos colégios particulares de São Paulo.
Mais
>>> Aluno gay de colégio de elite de SP se mata após sofrer bullying
“Estamos aqui prestando solidariedade à família e aos amigos dele. O aluno era bolsista e sempre relatou os problemas dele ao colégio. É muito triste”, disse um estudante, à reportagem.
O alvo da manifestação foi o Colégio Bandeirantes, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Era nele em que estudava o adolescente que estava no 9º ano e se matou no último dia 12.
Nas redes sociais, o tio do jovem, Bruno de Paula, denunciou que o sobrinho não suportou as "brincadeiras" dos "colegas" e afirmou que houve descaso da instituição.
Gay, negro e periférico, o estudante morto fazia parte da comunidade do Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos (Ismart), uma instituição privada que concede bolsas de estudo em escolas particulares para jovens de baixa renda com idades entre 12 a 15 anos.
Em nota, o Bandeirantes lamentou o ocorrido, mas se eximou de qualquer culpa pontuando que a morte se deu fora das dependêndias do colégio.