O presidente da ONG Cellos-MG, Maicon Chaves, foi retirado à força da galeria da Câmara Municipal de Belo Horizonte nesta quarta 5 (Veja vídeo abaixo). Há acusação de homofobia de um dos seguranças.
A entidade é a mais importante do Estado na luta LGBT e organizadora da parada do orgulho da capital.
O ativista fazia parte de mobilização contra o projeto de lei nº 591/ 2023, de autoria de Flávia Borja (DC), que pretende impedir que pessoas trans integrem competições esportivas de acordo com o gênero com o qual se identificam.
O presidente da Casa, Professor Juliano Lopes (Pode), determinou a retirada de um dos militantes presentes.
Seis seguranças foram dar cabo à determinação. Para defender o homem, Maicon interveio. Nesse confronto, ele foi retirado à força.
De acordo com a Associac?a?o Brasileira de Le?sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), um dos agentes teria dito “Vai sair agora, viado!”.
Diversas entidades emitiram nota de repúdio ao que aconteceu com Maicon Chaves.
A deputada federal trans por Minas Gerais Duda Salabert (PDT) lamentou o episódio.
"Não podemos aceitar que na casa legislativa municipal o povo seja violentado. Nosso mandato está presente e cobrará apuração do caso. Toda nossa solidariedade às pessoas que foram agredidas covardemente."
Ao fim, o projeto foi aprovado por 25 votos favoráveis, 11 contrários e 4 abstenções. Com a votação favorável em primeiro turno, o projeto volta para as comissões para análise de emendas apresentadas e só depois pode retornar ao plenário para decisão definitiva.