O gênero masculino foi excluído do tema da 21ª Parada do Orgulho LGBT de BH - que tratou a sigla no feminino. A prática, chamada de apagamento de gênero, entretanto, foi vencida pela realidade.
Curta o Guia Gay BH no Facebook
Pesquisa realizada pela Belotur, Grupo Diverso (UFMG) e Cellos - entidade organizadora da marcha - constatou que 53,1% das pessoas participantes eram do sexo masculino. Outros 46,4% foram do sexo feminino.
Mais
>>> Parada LGBT de BH 2018 movimenta R$ 7 milhões e atrai mais turistas
>>> Parada LGBT de BH divulga tema e exclui homens
De todos os segmentos da sigla LGBT, mais uma vez os homens estão no topo de participação. Pelo levantamento, 40,3% eram gays.
Em segundo lugar, figuraram pessoas bissexuais com 21,3%. Lésbicas foram menos da metade da quantidade de homens homossexuais: 18,3%. Ainda foram contabilizadas 13,7% de pessoas heterossexuais.
A presença grande de bissexuais está alinhada com a única pesquisa a respeito de orientação sexual da população da capital, de 2008.
O levantamento Mosaico Brasil, realizado pela USP, mostrou que, na população de BH acima de 17 anos de idade, 6,4% são gays, 4,3% são bissexuais e 3% são lésbicas.
Ainda a respeito do público da marcha, 83,6% eram cisgêneros, 4,6% não-binários, 3,9% transexuais, 1,2% travestis e 0,7% intersexo. Outros 4,1% não sabiam ou não responderam e 1,9% não quiseram se identificar.
Foram entrevistadas 432 pessoas durante a parada, realizada em 8 de julho de 2018.