Salão pede desculpas a Duda Salabert por tratá-la como homem

Estabelecimento voltado a mulheres se negou a fazer as sobrancelhas da parlamentar

Publicado em 26/10/2021
Duda Salabert é vítima de transfobia
Nas redes sociais, vereadora denunciou episódio de discriminação


O salão de beleza que não aceitou fazer as sobrancelhas da vereadora trans Duda Salabert (PDT) sob  argumentação que ela não é mulher, na segunda 25, pediu desculpas à parlamentar. A negativa ganhou mídia nacional. 

Curta o Guia Gay no Instagram

"Nós, do salão Ana Araujo, tentamos contato com a vereadora Duda Salabert, porém não obtivemos êxito. Conversamos com a assessoria dela e eles informaram que no momento ela estava em reunião. Mas viemos por meio desse post pedir desculpas pelo ocorrido. Nós do salão repudiamos esse tipo de ato e todas as providências já estão sendo tomadas para que esse tipo de ato não ocorra mais", publicou o estabelecimento em suas redes sociais, nesta terça-feira 26.

 

Um dia antes, ao chegar ao local, no Shopping Cidade, no Centro de BH, a atendente afirmou que o local só tratava de sobrancelha de mulheres.

"A minha é feminina", esclareceu Duda. "Não atendemos homem", respondeu a funcionária.

Depois de dizer que era uma mulher trans, a parlamentar teve nova última recusa, desta vez com endosso de outras profissionais do local.

Duda, então, foi à administração do centro de compras fazer reclamação. 

Negativas como essa são punidas no Brasil dentro da Lei do Racismo, que protege LGBT da discriminação desde 2019. A pena pode chegar a cinco anos de prisão. 

Lei municipal de 2001 também veda o não atendimento de indivíduos LGBT por estabelecimentos comerciais. São previstas multas e até fechamento definitivo do local.

 

O shopping divulgou nota dizendo estar consternado com o caso e lembrou que transfobia é crime.

"Nosso apoio é total à Duda, oferecendo suporte para quaisquer que sejam as medidas que ela queira tomar, além de assumir publicamente o comprometimento ao combate a atos discriminatórios de qualquer natureza", escreveu a empresa.

"Apesar do Shopping Cidade não ter decisão sob a contratação dos funcionários de cada uma das 200 lojas, com o ocorrido, vimos também a necessidade de ampliar as ações e assumimos o compromisso de estender o discurso e promover a conscientização de todas as 3.500 pessoas que aqui trabalham."

Você já ouviu os lançamentos de artistas LGBT ou com foco na comunidade? Siga nossa playlist Rainbow Hits no Spotify que é atualizada constantemente com as melhores do ano do pop, eletrônico e MPB de várias partes do mundo.

 


Parceiros:Lisbon Gay Circuit Porto Gay Circuit
© Todos direitos reservados à Guiya Editora. Vedada a reprodução e/ou publicação parcial ou integral do conteúdo de qualquer área do site sem autorização.