Negro, pobre e gay, Madame Satã é tema de espetáculo em BH

Grupo dos Dez conta história de mítico personagem da zona boêmia carioca

Publicado em 23/01/2015
Grupo dos Dez conta a história do famoso transformista em forma de musical
Grupo dos Dez conta a história do famoso transformista em forma de musical

Eternizado por Lázaro Ramos, em 2002, no longa homônimo de Karim Aïnouz, Madame Satã agora chega aos palcos de Belo Horizonte.

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A história do transformista e marginal, que aterrorizou e encantou a boêmia zona da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, em meados do século XX, é contada em forma de musical pelo Grupo dos Dez.

Sob direção de Jõao das Neves e Rodrigo Jerônimo, o espetáculo - que tem direção musical de Bia Nogueira - conta com trilha sonora inédita entrecortada por textos poéticos e combativos.

Negro, pobre e homossexual, Madame Satã sofreu discriminação da sociedade. A peça, para Jerônimo, é "infelizmente atemporal", já que o preconceito permanece.

Neves concorda. "O ser humano avança no conhecimento, na ciência, na tecnologia, mas continua desgraçadamente arraigado nos mesmos preconceitos do passado. Nós não estamos percebendo que estamos destruindo toda a nossa existência", disse ao jornal Estado de Minas.

O espetáculo fica em cartaz de 23 de janeiro a 8 de fevereiro, de quinta a domingo, no Galpão Cine Horto. Mais informações, sobre horários e valores, você tem em nossa Agenda.


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